sexta-feira, 31 de julho de 2009

"Encontrei o sonho no teu olhar e guardei-o aqui.
Fiquei só à espera do teu brilhar, nunca te esqueci.
Talvez não queiras ser a razão do viver, entre o sonho e a ilusão.
Hoje eu sei, és a luz que nasceu dentro de mim... um calor que seduz, faz-me ficar sempre assim, sempre à espera que me querias abraçar, faz-me acreditar...
Procurei nos gestos um sinal que tu vais ficar, sinto que já sentes algo igual
diz-me que é real... Dá-me a mão vem viver, não te posso perder entre o sonho e a ilusão..."

Sempre à espera que me querias abraçar*

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O resto do Mundo deixa de existir quando tu e eu nos encafuamos no meu pensamento, apertados, um contra o outro, sussurrando, percorrendo infinitos lugares, e apesar desta viagem parecer fugaz, parece também uma viagem de regresso. Tu já não és aquele que, desde o primeiro dia em que te conheci, conseguiste-me virar completamente do avesso, como nunca ninguém o conseguiu. Não sei o que se passará, a partir daqui, mas sei que vou ser honesta comigo mesma. Vou seguir o meu coração, seja onde for que ele me leve. Devo isso a mim própria.
Quando chegamos aquele sítio, esperamos que as portas se abram como por magia, saímos um atrás do outro e percorremos aquele corredor que eu tão bem recordo. O meu pulso acelera, e contudo sinto-me estranhamente em paz. A noite está linda, aquele típico de noite em que conseguimos vislumbrar milhões de estrelas, à medida que o tempo pára, recordações de outras noites como esta invadem-me o espírito. Consigo perceber que também tu estas a pensar no passado quando me das a mão e saímos daquele sitio. Nenhum de nós fala. O cheirinho familiar do passado atinge-me de novo, e o meu estômago é uma rede de nós. Esta noite podia muito bem ser aquela noite, aquela primeira noite em que estivemos juntos, pois a estonteante antecipação é a mesma. Eu murmuro-te que não quero mais sair dali, e tu fazes-me um ligeiro encolher de ombros e esboças um sorrisinho, e estendes-me a mão, virada para cima, pedindo a minha. Dou-te e abraço-te desesperadamente, os meus braços rodeando-te a cintura com todas as forças do meu pequenino ser. Sinto os teus ombros, peito, bíceps, tudo, tudo tão quente, tão sólido, tão forte. Há tanto tempo que te persigo nos meus sonhos, penso e peço para congelar este momento, e adiar tudo, e ficar exactamente aqui, no equilíbrio entre dois sítios, dois mundos, dois amores.
Ergo a minha cabeça ao sentir a tua baixar. Os nossos rostos inclinam-se e encontram-se, colidindo suavemente. Face contra face, depois nariz contra nariz. Fico muito quieta, ouvindo o som do teu respirar, e passa por mim uma eternidade, ate o teu lábio superior se juntar ao meu.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Acordei completamente atordoada, sentido um misto de melancolia, ressentimento e expectativa quanto ao que ainda estava para vir. Uma estranha combinação de emoções... Uma procura de afecto não requer uma ligação de compromisso, mas sim uma convergência de ideais. Repito para mim, muitas vezes... tantas de modo a que consiga interiorizar.
Amor, já me faltam as palavras, já me falta a força. Os dias passam em camara lenta, como se me tentassem dizer alguma coisa.
Enquanto a chuva cai, espero pelos teus beijos, espero pela tua luz, pelo teu encanto... espero por ti. Porque no meu finito ser, decidi que vou esperar, vou esperar até conseguir, até ter as forças. E quando as minhas força se esgotarem, tenho esperanças que me apanhes. Entretanto pergunto-me, foi apenas mais um sonho?
À noite, todos os dias o sentimento está presente... por isso, tudo isto tem de ser certo amor, certo?
O corpo segue os meus impulsos, mas o que me torna humana, o que nos torna humanos, é o que podemos controlar... e como posso eu fazer tal coisa, se tu continuas ai perdido nos meus sonhos e ilusões, preso na pedra a olhar para mim, enquanto eu me desfaço no percurso.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Por mais que quisesse desesperadamente esquecê-lo, parecia impossivel. Sinto-me desorientada, virada do avesso.




(L)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Deixa-te ficar aqui bem pertinho de mim, deixa-me chegar bem pertinho de ti. Deixa-me dizer-te o que significas para mim, deixa-me ouvir-te dizer o quanto me queres. Juntos em mais um caminho da nossa vida, já longa... dá-me a mão, porque agora estas aqui perto de mim, junto de mim. Obrigado, por partilhares comigo, os momentos tristes e embaraçosos, e ao mesmo tempo os momentos felizes e encantados.
Tu que tens estado ao meu lado, que me tens apoiado nos momentos menos felizes, tu que me trazes o meu lado mais rebelde e traquina, mas ao mesmo tempo o mais sereno.
Tu que te envolves em mim, como se a combinação dos nossos corpos fosse perfeita. Tu, que me fazes sentir uma miúda e ao mesmo tempo uma mulher completa. Tu, que nunca desistes de lutar e levas-me contigo nessa tua luta constante. Tu, que me agarras tão forte, com um medo incontrolável do futuro.
Momentos, pequenos momentos que marcam a nossa história. Mais uma página de um livro que temos escrito, com a esperança de um dia sermos compreendidos no nosso mais perfeito ser.
Ela sentia-se livre, os olhos dele brilhavam. Estavam juntos... ele sabia que tinha um porto de abrigo ali, ela sabia que estava destinado. Podemos fazer colisão muitas vezes, mas no final deste pequeno capitulo, conseguimos reencontrar o passado e a verdade que tanto nos inquietava, transformou-se numa sabedoria simples e tão clara.
Tu que nos meus mais intimos sonhos te encontravas, tu que tantas vezes vieste a superficie... desta vez, eu deixo-te ficar no teu cantinho desde à muito tempo, unicamente teu.
Porque agora quando fecho os olhos, sei que é meu. Mais um, só meu e teu.
Agarra-te baby, agarra-te porque não é todos os dias que as fantasias se realizam, e que somos felizes assim. Existem pessoas e momentos que temos de agarrar com muita força... há pessoas fundamentais, que nos preenchem. Há pessoas que são especiais passe o tempo que passar.
Há momentos em que temos de correr riscos :)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Continuo no meu cantinho, bem quietinha. Deixem-me divagar por entre pensamentos e libertar-me de tudo o que me agonia.
Amor, hoje lembrei-me de ti. Sabes, a sabedoria está nos pequenos momentos em que sabemos esperar sem ansiarmos por algo incessante. Faço questão de relembrar as pessoas que são importantes, que continuam a ser importantes e que tem o seu lugarzinho perto de mim... mas que agora tem de respeitar o meu espaço, a minha indiferença.
Vou sair daqui finalmente, vou tirar férias de tudo finalmente. Vou conhecer mundos e pessoas. Vou levar-te comigo e assim podemos viver os dois neste mundo tão fantasiado. Vou-te mostrar as cores do mundo, e assim vais continuar a sorrir até ao fim dos nossos dias. Vamos construir a nossa casa cheia de ilusões e sonhos perfeitos. Vamos deixar que os sonhos antes desfeitos, sejam apenas pedras no nosso longo caminho... Vamos nos encontrar a meio caminho, para que assim não seja tão dificil, não custe tanto a nenhum dos dois. Vamos deixar tudo para trás, vamos aprender e dizer o que temos a dizer. Vamos bater o pé, para as coisas que estão erradas e sorrir para os milagres que vemos todos os dias, mas fechamos os olhos. Vamos gritar ao mundo a verdade, que não somos felizes. Vamos continuar nesta busca de algo que nos complete, que nos faça gravitar sobre as estrelas daquele céu que todos os dias nos vê adormecer, e acordar para um novo dia.
Vamos dar só mais um passo para a frente, antes que a vida nos faça de novo recuar. Vamos dizer as pessoas, o que elas significam para nós... porque a vida é curta, e não sabemos o dia de amanhã (Que cliché)... e tu sabes, tu sabes o quanto eu... tu sabes, apesar de eu não to dizer, apesar de nem saberes o porque de sentires que eu sinto o que sinto, apesar de nem te lembrares de mim, apesar de nem te passar pela ideia tudo o que vai aqui dentro, no fundo tu sabes. E para mim, basta-me esta ilusão... porque o verbo que impera neste momento na minha vida, é o esperar... e esperar... e eu espero por ti, amor... Porque é sempre mais fácil do que desistir. Porque é mais fácil sonhar, do que dizer adeus.
E eu tenho de sonhar... deixa-me continuar a sonhar. Deixa-me esperar... deixa-me construir a ponte que nos vai voltar a unir. Deixa-me ficar confortavel nos meus momentos contigo, deixa-me sonhar acordada.
Deixa-me... voar!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Un giorno tu mi capirai

E se por momentos senti a energia e a esperança entrarem por mim a dentro, com aquelas palavras de alguem que ja viveu tanto, e tem tanto para me ensinar... rapidamente se desvaneceu e transformou aquilo que me fez sentir viva durante umas horas, em algo que me fez deitar uma lagrima.
Não faz sentido... A esperança desvaneceu-se, só porque sim. Porque já não tenho direito a sorrir dessa forma, porque pelos designios de alguem, já não vale a pena. Mas sabes, só por estas horas... já valeu a pena. Só por este bocadinho de esperança já valeu a pena.
Vontade de deixar o orgulho de lado e dar o braço a torcer. Vontade de ser honesta comigo própria, e contigo... não ter receio de reconhecer os meus erros...
Amar é ficar na retaguarda e se for preciso dar colo e cuidar das feridas e não tentar evitar as quedas! As quedas têm de existir na vida de todos nós, são elas que nos dão resistência... amar é libertar.
Eu já te dei tudo, a única coisa que tenho é isto. Estes pequenos momentos em que, me invades o pensamento... em que me fazes sorrir, e ao mesmo tempo ter um pequeno aperto no peito. A vida continua, novas pessoas aparecem... mas não tenho necessariamente, de não te deixar ficar perto de mim, em segredo... As vezes pergunto-me se algum dia conseguirei esquecer-te...


'Distanze enormi sembrano dividerci
Ma il cuore batte forte dentro me '

segunda-feira, 6 de julho de 2009

E quando o sol da manhã bate na porta, e quando nada lá fora importa... Tudo bem, é tarde. Eu fico onde estou, prefiro continuar distante...
Algumas coisas são melhor, não ditas. Há algumas coisas que continuam sem fazer sentido.


"Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou prá trás
Também o que nos juntou
(...)
Nos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite."

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O verdadeiro amor

Hoje lembrei-me de ti, amor. Deixei-me levar nas horas da madrugada que já avistava pela minha pequena janela, que dá para a minha nova realidade.
Algumas coisas nunca mudam, mesmo que a vida nos obrigue a virar as costas. Se estiver destinado, não tenhas pressas porque eu também não amor.
Sabes Bé, é muito mais do que isso.



" Eles sao duas criancas a viver esperancas, a saber sorrir.
Ela tem cabelos castanhos, ele tem tesouros para repartir.
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados e sao namorados sem ninguém pensar.

Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
Ele la lhe disse, a medo: "O meu nome é ... e o teu qual é?"
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Daniela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...

Entao,
Bate, bate coracao
Louco, louco de ilusao
A idade assim nao tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

Daniela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Ja o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério.

Ela, quando la o viu, encharcado e frio, quase o abracou.
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou..."