Fui apanhada desprevenida neste remoínho de sentimentos e emoções que nos últimos anos me tem assombrado. O tempo passa, é verdade... eu sinto que consigo controlar melhor as minhas emoções quando estou distante, quando consigo pôr o tal limite. Protejo-me do que tanto me magoa, o Amor. O Amor que tens por mim, e a exigência que me pedes e eu não consigo atingir a muito tempo. Eu já não sou aquela menina, que usa uma saia de pregas, meias até ao joelho e uma camisa branca, e que tem os trabalhos de casa sempre feitos antes do jantar, o banho tomado, é amorosa, carinhosa, e fofinha mesmo que levasse com pedras e fosse maltratada por todos, tinha sempre um sorriso posto na cara. Aquela menina que se aconchegava nos teus braços e pensava que aquele era o lugar mais seguro do Mundo e que nunca ninguém poderia fazer-lhe mal porque tu não irias deixar. Eu já não sou essa menina à muito tempo. Deste-me tudo o que tenho hoje, e tudo o que sou hoje é graças a ti e nunca me esqueço disso. Deve ser por isso, que me custa tanto... que passado este tempo todo continuamos estagnados no tempo, como se ainda esperassemos algo de alguém ou um do outro. Perdi a conta das discussões, das bocas, dos maus tratos, dos estalos sem mãos, das noites que já perdi a chorar por nós, o quando isto tudo já nos prejudicou a todos, ninguém vive aqui... apenas se aprende a sobreviver nesta casa.
A culpa não é tua. Nunca foi, nem agora... nem do final de tudo. Tinha de acontecer, ninguém te culpa, pelo contrário muita coragem tiveste tu, ao ficar ali e enfrentar tudo e todos. Acredita, nós não te culpamos... nós ficamos contigo, e não foi para ter uma vida mais "abastada" de presentes e viagens, mas talvez de beijinhos e abraços. Mas a vida dá muitas voltas e trocou-nos esses desejos (a quem menos tinha a ver...) e acabamos assim... sem rumo.
Mas mesmo assim, e o propósito deste post começou depois de ouvir esta música:
Chorei... chorei, porque é a mais pura das verdades. Porque pode-me faltar tudo e todos, mas eu sei que tu nunca me vais abandonar. Que eu posso fazer a maior asneira do Mundo mas tu, estarás lá para me amparar. Que durante uma vida inteira tu estiveste do meu lado, a sorrir comigo, a sonhar comigo, a chorar comigo, a não deixar-me parar de sonhar. Foste a minha força, ÉS A MINHA FORÇA mesmo hoje em dia... porque sem ti, sabe-se lá onde eu estaria, porque caminhos já teria sido levada. Sempre foste, quando achei que tinha perdido o amor da minha vida, quando teimo em desistir de alguma coisa, ou desistir porque não tenho forças para lutar, és a minha força na DOENÇA, és a minha força no dia-a-dia, nos pequenos nada QUE SÃO TUDO, e que fazem toda a diferença.
E dói, como dói... sentir que sou a culpa de te ver assim... sem forças, doente, cansado, mudado. Eu sei que se eu te disser que eu faço o que posso, parece mentira, mas é a verdade... eu faço. Juro. Todos os dias digo para mim própria, que vou fazer melhor, por vocês... mas e a força? eu já não a tenho... e a minha fonte (TU) secou... E depois há coisas que custam lidar, e mandam a baixo... parar um ano na escola, tem sido um suplicio para mim. A desilução da maternidade. A Doença... também tem me desgastado aos poucos em vez de me trazer de novo à vida. A mãe... não ajuda em nada, podia estar mais presente neste momento da minha vida, do meu tratamento, mas opta por não. Dói, muito. Mas não tens culpa, Tu não nos tiraste nada!!!!! E tu... ver-te desiludido continuadamente todos os dias comigo, faz com que parte de mim, morra aos poucos. E tu dizes, então muda... é tanta coisa, não é fácil, estou cansada... só me apetece dizer é "deixem-me só no meu canto".
Só me preocupo é contigo, preciso de ti bem... por ti e pelo menino pff!
Desculpa não conseguir fazer melhor.
Eu sei que vais ler isto, Não quero falar nisto sff.
Foi um desabafo.
Eu amo-te Pai.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
E é nestes "j'ne sei patavina de nada já" que tu me apanhas desprevenida e me obrigas a escrever este post deitada, numa posição um pouco estranha (não se metam com ideias sim?)
Estou FURIOSA CONTIGO, TRISTE, MAGOADA E BIRRENTA AGORA por causa dos últimos dias, mas depois ficas-me assim doente e eu derreto-me (só por dentro, atenção!!!) e adormeces com um braço em cima de mim não vá eu fugir... e eu ao som da música bem baixinha sorriu para dentro que é para tu não saberes (tás de castigo, ainda!!!!) e de repente fazeres uns ruidos estranhos, eu desato-me a rir contidamente pois não te quero acordar, e fico ali a aproveitar estes pequenos momentos que tu me dás, que são TUDO.
Se ao menos fosse sempre assim... era uma vida cheia de nadas e eu vivia feliz contigo. Mas não isto é apenas um rascunho, de um nada.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Normalmente as pessoas contam-me as suas histórias, as suas aventuras, os seus desejos e ilusões. Elas olham para mim como uma verdade inquietante, isto é uma colisão com a realidade. Mas a verdade é que eu gosto deste papel, e gosto que sejam assim comigo. Infelizmente pouca gente o consegue ser, devido a medos e preconceitos de dizer essas "verdades" que magoam, sendo mais fácil dizer o que o outro quer ouvir. Eu nunca fui assim, e graças a Deus encontrei uma melhor amiga que também não o é. Mas pronto... Passando a frente, desta vez estava lixada. Pensava eu que era mais uma história daquelas que se fosse parar às mãos de um realizador, passados uns anos tava a passar num filme ao Domingo na Tvi, em que a protagonista era uma amiga minha e o seu belo namorado, e as suas aventuras e desaventuras. Mas a vida trocou-me as voltas, e quem acabou protagonista fui eu (mas calma, não no namoro deles, isso não!)
A vida é lixada, aquela história do 'what goes around, comes around' meus queridos, é verdade! E não precisam de ter feito algo de mal, basta terem-se apaixonado tanto mas tanto, de modo a perder a cabeça e deixar de saber os limites do que é saúdavel e do que não é. Acreditem que anos depois, vocês vão experienciar o quão agradável foi para o vosso ex-namorado ter-vos à perna 24horas!
E que vontade de pegar no telefone, e dizer "Olha, Desculpa aí eu não sei onde tinha a cabeça." é verdade! O Amor, faz-nos cometer loucuras, faz-nos dizer disparates, o Amor ilude-nos, cega-nos.
Quando gostamos, temos de saber abrir mão...
terça-feira, 20 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Lembra-te de mim *
Falta-me a voz, tal como me falta as palavras certas ou erradas. Em lugares que nunca ninguém vai descobrir os nossos sentimentos vão ficar guardados, as nossas palavras proferidas apenas farão parte das nossas recordações de uma brincadeira de miúdos, de história, de um conto, de uma fantasia, de uma paixão. Enquanto caminhava na tua direcção em bicos dos pés, mas tu tão atento e tão à espera, sorriste e abriste-me os braços, onde me aconchegaste num lar tão meu conhecido. Eu tava em casa, eu sentia-me em casa. E rimos, rimos, brincamos, falamos, sonhamos, fantasiamos, até o sol nascer e quando nos apercebemos disso, deixarmos-nos cair de cansaço... mas no final daquela noite, eu não tinha conseguido dizer-te o que devia, e o que devia deixou de ser assim tão importante, comparado com o que haviamos construido ao longo deste tempo.
Mas não, eu tinha-te desejado desde a primeira vez. Eu tinha gostado de ti desde a primeira vez que te vi, mas tinha chegado a altura de te dizer que não esperava mais por ti. Esta era a minha resolução, eu ia virar a nossa página e começar uma nova e não olhar para trás como tantas vezes o fiz. Eu tava-te a "libertar" de uma vez por todas, para o bem e para o mal, e tu precisavas de saber disso. Mas como dizer-to? Como dizer Adeus à pessoa que ainda nos corrói o coração? Que vamos tentar ser felizes com outro alguém? Que ele é o nosso principe encantado, mas apenas SEMPRE num mau Timing. E como dizer isto tudo sem verter uma lágrima?
Mas aconteceu.
Dias depois, o Mundo parou por minutos naquele quarto, a minha respiração não existiu enquanto eu tava deitava sobre o teu peito e eu mal sentia a tua. Toda eu tremia como se fosse o maior disparate que tava prestes a fazer, mas eu estava ciente que estava a tomar a atitude certa. E foi quando fui sincera contigo e disse-te que não podia esperar mais por ti, nem por nós, nem por um futuro... e tu, olhas-te para mim e perguntaste "porque?" com aquele ar tão teu, como soubesses que se o fizesses eu não iria resistir.
Mas Porque? PORQUE? como é que és capaz de perguntar isso depois de tudo... mas eu expliquei-te... tava na altura de eu ser feliz, de ir em busca da minha felicidade, do Amor, da segurança, da tranquilidade, das mãos dadas sem medos, das palavras aos ouvidos sem receios, dos fins-de-semana na cama, dos pequenos grandes promenores. Eu não podia esperar mais por ti, por nós. Foi como um balde de água fria, eu sei. Mas ele mereceu esta oportunidade, e eu decidi que lhe vou dar com todo o meu coração, mas para isso preciso de te deixar para trás. Não tu, amigo porque isso nunca porque és essencial na minha vida. Mas tu, principe do nosso conto de fadas.
Nunca vou esquecer o que me disseste, também nunca o vou dizer a ninguém. É nosso. E gabo-te a força de depois ainda teres força para me tentares animar, enquanto as lágrimas caíam pelas nossas caras, com as tuas danças e parvoices. Ou por partilhares comigo, aqueles momentos tão teus (e que eu sei que não mostras a ninguém!).
Tenho a certeza que não foi só o fim de algo, mas também o começo de algo ainda mais bonito, mais forte. Uma promessa é para sempre.
Adoro-te *
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