sábado, 15 de maio de 2010


Há certas coisas que eu não compreendo, melhor... há milhares de coisas que eu não compreendo. Mas quando toca a assuntos do coração, fico mais sensível e mesmo quando a dor é dos outros, quase que trespassa para mim e vivo, com tal intensidade que dói, dói mesmo.
Não compreendo, o prazer que há em magoar alguém. O egoísmo, a insensibilidade que existe dentro dessas pessoas. E nós, "burrinhas" ainda vivemos na ilusão de ter um abraço, como se não tivesses partido, ou se a tua voz ainda sussurrasse ao meu ouvido que preciso de ser forte. É engraçado como nós pensamos que temos a nossa vida toda planeada, e de repente percebemos que já não está nas nossas mãos e tudo o que achavamos que estava garantido, desaparece como a espuma de uma onda do mar. As dúvidas, as perguntas nunca desaparecem. As respostas nunca aparecem. E as coisas nunca mais serão as mesmas, eu nunca mais serei a mesma, tudo por tua causa. Por pessoas como tu, que não sabem resolver os conflitos dentro de si mesmos, não sabem o que querem, vivem entre o sim e o não, entre o quero e o não quero, e não percebem que a vossa inconstância mata-nos aos poucos. É uma dor que não tem fim. Faltam-vos a coragem para enfrentar a dor que também sentem, é preferivel não sentir e ignorar; é preferivel ser insensivel. E custa tanto estar tão perto e ter tanto para te dizer e ver a tua falta de coragem, ver que a pessoa que conheci morreu entretanto... ou escondeu-se, ou nunca existiu (sei lá!).
Só sei que enquanto não temos as respostas para as nossas perguntas, seja para o que for não conseguimos fechar o capitulo e seguir em frente. E enquanto isto não acontece, é quase como dia sim, dia não tocar na ferida porque algo me lembrou dele, um cheiro, um sitio, um objecto, qualquer coisa.
Por isso, ganhem coragem (para não dizer outra coisa!) e sejam HOMEMZINHOS suficientes para enfrentar as histórias que ajudaram a construir e que querem destruir, só porque a maioria de vocês está com dúvidas existênciais.
E quanto a vocês, conselho... A vida ensinou-me que Nunca é tarde de mais para ir a procura dessas respostas.

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