sexta-feira, 2 de julho de 2010



Eu não tenho culpa de tudo. Eu não tenho culpa de todo o mal do Universo, nem que a vida seja como for, mas teimam-me em culpar de tudo. Fazem crer que até um simples café entornado, a culpa é minha. Estou cansada, de tudo e de todos. Estou cansada que me digam que estou doida, doente, maluquinha, entre outros nomes muito simpáticos de se chamar. Estou cansada, tão cansada, que sou capaz de chorar noite e dia, que as minhas lágrimas não secam.
Os problemas não são de hoje, mas estão encontornáveis. Estou farta que digam que gostam muito de mim, e no minuto a seguir se for preciso esteja a sofrer horrores por causa dessa pessoa. Estou farta de ouvir, ouvir, ouvir, ouvir, ouvir e ouvir opinar sobre a minha vida, ou o que resta dela, ou como eu a destruí, ou como não fui capaz de dar a volta as dificuldades, ou como não consegui arranjar emprego, ou como não consegui arranjar algo para me ocupar os dias, ou como ando desrregulada... ESTOU FARTA! Pensei por momentos que tinhas mudado, depois de eu ter saido de casa, mentira... tudo mentira, apenas para eu voltar. Agora aqui, de férias... eu num esforço desmedido para não cair na rotina de "dormir, cama, dormir, cama" e tu consegues, tu consegues! Dou-te os parabéns! Ao segundo dia... conseguiste, fazer-me querer ir embora. És mau, és ruim nas palavras que me dizes e parece que fazes de propósito, não me consegues compreender nem um bocadinho, e tenho de ser sempre eu a fazer o esforço de te compreender e dar o braço a torcer. Estou cansada disso, não quero mais isso para mim. Gostas de te enaltecer a toda a hora, e de como tens razão e às vezes parece que é tudo sobre isso... PARABÉNS FICA COM ELA.
Estou cansada, talvez até mais que tu. E estou doente, e tu... devias ser alguém que não me faz estas coisas, que não me grita o quão errada estou, ou espezinha. Tu acima de tudo, devias me proteger de tudo, não foi isso que deves ter dito quando eu nasci? "Eu vou-te proteger para sempre?" Pois, foi um para sempre pequenino.
Mas está realmente na altura de tomar uma decisão, e como alguém me disse parar de pensar e agir. Não há dinheiro? Trabalha-se. Arranja-se sitio para morar. A faculdade? Fica para o ano... ou para o outro. E o resto? Tudo há-de se arranjar... basta ter fé e esperança né? Mas sentada, ou deitada na minha cama, no meu sotão que eu tanto amo, mas numa vida que eu tanto odeio NÃO, Decididamente NÃO. Está na altura de pôr mãos-à-obra e partir... pois, a verdade também é que tenho esperança que esta distância ajude depois no reencontro das pessoas, mas isso só o tempo dirá... Mas sem dúvida, que passou a ser a prioridade número 1. Não há outra solução, simplesmente e infelizmente não há.
Não sei como...
Não sei com que forças...
Não sei com quem do meu lado...
Não sei com que dinheiro...
Mas seja como for, sozinha ou acompanhada, com ou sem forças, com ou sem dinheiro, este sufoco acaba aqui. Este foi o meu triste final.

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