segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Já te disse que estava farta de viver, espera... sobreviver sem ti? Estou cansada, sinto-me derrotada por tudo e todos. Sinto-me vazia e a minha vida faz eco. Não te consigo esquecer, mas não te quero. Não te quero à tanto tempo, mas continuas dentro de mim passado este tempo todo. Parece que continuo a aprender a viver sem ti ainda. (sem sucesso...sempre fui estúpida!) Tens o dom de entrar no meu dia-a-dia sem ser convidado, e de transformar as horas do meu dia, em longos periodos intermináveis em que anseio por adormecer e só acordar quando estiveres junto a mim. Se não pretendes voltar, porque continuas a flutuar junto de mim? Porque teimas em juntares-te com o universo, e fazer do resto dos meus dias um suplicio?
Seguiste a tua vida, magoaste-me muito... mas agora tens alguém, és feliz. Deixa-me também ser... deixa-me sentir as borbuletas, deixa-me aventurar nas loucuras que a vida tem. Deixa-me ir. Deixa-me parar de te comparar, com todos os dito-cujos que têm a infeliz ideia de me piscar o olho. Eu quero abrir o meu coração. Estou farta de não conseguir, e a culpa é tua. É tua, porque o desfizeste. E nem o tempo foi capaz de o reconstruir... Estou farta de meter datas e alturas para te esquecer, para aprender a viver com a tua ausência. Não quero mais esperar o dia em que não vais aparecer nos meus sonhos, nas manhãs geladas que já se fazem, ou nos meus fins-de-tarde... perdida no tempo e no cansaço do meu corpo de mais um dia que custou a passar.
Deixa-me só respirar um bocadinho fora de ti.
E logo hoje, que tudo cheira a ti.

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