domingo, 15 de novembro de 2009



Se ele soubesse quantos promenores eu já sei sobre ele. Se soubesse que eu sei desenhar todas as linhas do rosto dele. Se ele imaginasse que anseio pelos momentos em que os nossos olhares se encontram. Que o sorriso dele torna os dias chuvosos, em quentes e aconchegados. Que o toque das nossas mãos faz suscitar em mim, sensações inexplicáveis. E eu olho-te com aquela distância tão nossa conhecida, como se fosse a única realidade que conhecemos. Talvez eu seja fraca por não conseguir resistir, talvez eu não tenha jogo de cintura sufieiente para ti.
Às vezes chegamos a encruzilhadas na nossa vida, em que temos necessidade de parar e pensar nas pegadas que andamos a fazer, e se queremos esse caminhar para nós. Às vezes temos abre olhos num instante que nos passa ao lado, e quando vêm a superficie é que caimos em nós, e percebemos o que não conseguimos alcançar, e o quão vazia é a nossa vida sem aquilo que desejamos. Terminamos o dia a vaguear no meio dos nossos pensamentos, com medo do que podemos estar a sentir, tentando evitar os nossos mais profundos sonhos e desejos. Mas aquele desejo, aquela fantasia continua a pairar enquanto sonhamos acordados. Negamos, fugimos, com medo... medo do desconhecido, do diferente. Mas aquilo teima em permanecer todos os dias, teima em fazer mossa no nosso dia-a-dia... Não ter certezas sobre a intensidade ou duração de sentimentos, cria uma insegurança não só em nós, mas também nos outros. Põe-nos à prova e nem sempre optamos pelo que queremos mas sim pelo mais seguro, pelo conhecido.

"Meet me halfway, right at the boarderline
That's where I'm gonna wait, for you
I'll be lookin out, night n'day
Took my heart to the limit, and this is where I'll stay
I can't go any further then this
I want you so bad it's my only wish."

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