domingo, 8 de novembro de 2009

Os dias passam, os meses, os anos... E ali continua ela, impávida e serena no mesmo sitio, presa aquela areia que ambos pisaram um dia. As dúvidas que não a largam, os sentimentos contraditórios que não a deixam viver, que não a deixam respirar... Como é que alguém se liberta de algo tão forte? Como é que se vira as costas a algo tão marcante, como se diz adeus ao que um dia nos definiu como pessoas?
A esperança de um dia... um dia, as coisas serem diferentes... é o que a faz lutar todos os dias contra o sentimento, é o que a faz querer escorregar nas situações, e tropeçar nos acontecimentos.
Um dia ela disse-lhe que ia ficar a olhar por ele, mesmo nos momentos mais insignificantes... ele sorriu e rendeu-se, passado anos... ela continua atrás daquela árvore, na espera que um dia ele se lembre de olhar para trás.
Ainda fecho os olhos, e volto no tempo...

Feliz dia 8.

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