segunda-feira, 1 de junho de 2009



Quando perco o chão e o rumo, costumo me refugiar num sitio. Um sitio que me dá esperança para recomeçar. É a Maternidade... e durante aquele tempo que lá estou, foco a minha atenção, carinho, emoção... naqueles bebés. Eu conheci uma bebé que sofre do Síndrome de Rett, que é uma anomalia genética que causa desordens de ordem neurológica, acometendo somente em crianças do sexo feminino. Compromete progressivamente as funções motoras, intelectual assim como os distúrbios de comportamento e dependência.O síndrome de Rett afecta quase exclusivamente as meninas e causa um comprometimento progressivo das funções: motora e intelectual, assim como distúrbios de comportamento.
Os sintomas desta patologia são variados e podem ser confundidos com o autismo. As raparigas que sofrem desta doença nascem sem qualquer sinal aparente de anormalidade e parecem desenvolver-se normalmente entre os 6 e os 18 meses de vida. Porém, estagnam na sua evolução e começam a apresentar sinais de regressão física e neurológica. Nesta fase começa a surgir um quadro sintomático particular: Os bebés começam a perder a capacidade de usar as mãos, mostram ter problemas de equilíbrio, deixam de falar, podem perder a marcha, ficam mentalmente diminuídos e demonstram sérios problemas de relacionamento com os outros, evitando, por exemplo, o contacto visual. A estereotipia mais característica do síndrome é, no entanto, a que se assemelha a um constante esfregar de mãos e que é o sintoma mais comum. A maior parte destas crianças tem uma esperança média de vida diminuída e morre antes de atingir a idade adulta.

E é ali, naquele preciso momento que eu tenho a perfeita noção de quão pequeno é o meu sofrimento. De quão ridicula pareço. E de quão preciosa pode ser a nossa ajuda e carinho para aqueles bebes. E que um sorriso daqueles bebes, faz-nos sentir mais completas, e faz-nos esquecer que um dia...alguém nos fez chorar.
Todos os momentos têm a sua importância. Mais nada.
Tenho de aprender que, o Mundo não acabou.
No final... É apenas a vida! É pena, é que para alguns bastante injusta.

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