E depois há dias como o de hoje. Não há nada a fazer... Não há força para nada.
Não há motivação, não vejo felicidade ao meu redor, nem em mim. Sim, eu amo. Amo o meu namorado, sim tenho um pai, um irmão, uma tia e uma melhor amiga que são a minha familia. Mas acaba aí.
Tenho uma mãe problemática, e que desde pequenina me faz chorar. Não foi e não é a pior mãe do Mundo, porque eu sei que há crianças que sofrem horrores neste Mundo, e eu não sou uma coitadinha, mas neste momento nem Mãe lhe posso chamar, porque nem isso ela é. E é nestes momentos que eu me lembro, que a perdi algures na minha adolescência, enquanto tentava sobreviver ao divórcio dos meus pais.
Os meus avós Maternos, nem quero falar nisso neste momento porque estou tão desiludida com eles que sou capaz de nunca mais lhes falar na minha vida, mas depois lembro-me que não sou uma pessoa que consiga viver com isso. Tenho um coração mole, mole, e que não resiste. E acho que é por isso que toda a gente faz o que quer de mim.
Já sofri tanto, tanto.
Já sofri por amor. Já sofri por amores impossíveis, e principalmente sofri pelo R. que me marcou de uma forma que eu nunca o vou conseguir perdoar. Mas só porque, ele disse que estaria do meu lado acontecesse o que acontecesse, e que nunca deixaria de ser meu amigo e me apoiaria. E ele não cumpriu. Deixou-me no pior momento da minha vida. Deixou-me doente, e no meio do divórcio dos meus pais. E agora é suficientemente covarde para não me falar.
Já sofri de Bulímia. Durante uns longos 7 anos... Escondi do Mundo todo, da minha melhor amiga, dos meus pais, dos meus namorados. Vomitava porque estava cheia de problemas, não porque queria ser magra, não se iludam.
Perdi a minha avó. E ainda hoje não consigo falar ou escrever sobre ela, porque as lágrimas vêem-me aos olhos. Sinto a falta dela. Se havia pessoa que me compreendia, era ela.
Sempre fui uma aluna exemplar, nunca fui brilhante, mas muito esforçada. Nunca chumbei no secundário e entrei para a faculdade que queria, para o curso que escolhi. Perfeito, pensam vocês, pensava eu. Mas não, no final do 4ºano, foi quando começei os tratamentos da Bulímia, tive de repetir cadeiras do 4ºano. O Estágio na Maternidade, foi uma merda, também em muito devido aos tratamentos ainda. Este ano, a tese não anda para a frente. Se gosto do curso? Sim. Se é o que quero fazer? Dúvido. Não me sinto feliz aqui, não me sinto realizada. Quero acabar isto, mas ao mesmo tempo não é isto que quero fazer da minha vida. Sinto que tenho de fazer isto pelos outros. Não sei o que fazer mais. Se calhar devia era ter ficado pelo 12º ano e ido logo trabalhar para o pingo doce, que era muito mais feliz do que sou hoje.
Isto passa, que remédio.
Amanhã é outro dia.
5 comentários:
E amanhã eu vou estar aqui. E depois. E depois. E sempre. Porque és minha irmã, e eu tomo conta de ti. Hoje e sempre *@
Ohh fofinha... Acima de tudo espero que sejas muito muito feliz e que esses problemas se vão atenuando ou adormecendo com o tempo :$ talvez assim te sintas melhor. E se gostas do curso acaba :) com mais ou menos força, é só arranjares mais um pedacinho e acabar... Mesmo que depois não faças nada nessa área, o facto de teres um diploma é importante neste país nos dias de hoje * um beijinho muito grande ~ qualquer coisa que precises estou aqui
Tens pensar positivo minha querida... Porque estares assim só atrai coisas más! Vamos lá a arrebitar sim?!?
Aqui se precisares *** Beijinho!
Amanha será certamente um dia melhor...só pelo facto que tu vais olha-lo de outra forma... ;)
Beijo
Dizem que a noite é a melhor conselheira.. Não é. Pela manhã tudo é mais claro. Não vai ser perfeito, mas os problemas vão parecer mais simples de solucionar. Acima de tudo é necessário muito amor próprio e egoísmo (nós primeiro), pedir ajuda a quem nos estende a mão e muita determinação para encarar a selva que é a nossa vida. Força!
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